Laura Muller

Psicóloga clínica, comunicadora e especialista em educação sexual. É autora de 'Educação Sexual em 8 Lições - Como Orientar da Infância à Adolescência', entre outras obras.

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Conversar sobre sexo ainda costuma ser algo difícil até entre os casais

Resquícios de período repressor, quando moral ditava sexo era só para reprodução, complicam a comunicação

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Sexo de fato é um assunto ainda tabu na nossa cultura. Não é fácil falar sobre esse tema em casa, na escola, na universidade, na sociedade como um todo. E também é complicado ter conversas sobre sexo até mesmo entre o próprio casal. Como mudar essa história?

O primeiro passo é entender que vivemos séculos de uma repressão sexual muito forte em cima das pessoas como um todo. Até o século 19, por exemplo, a moral da época ditava que os casais só poderiam fazer sexo para reprodução. Ou seja, só quando o objetivo fosse gerar filhos.

E o sexo por prazer? Nem pensar naquela época.

Diante desse cenário, práticas como sexo oral, sexo anal, masturbação e sexo entre pessoas do mesmo sexo eram consideradas erradas e absurdas. Hoje, no entanto, sabemos que não há NADA de errado nessas práticas. São apenas algumas das infinitas formas de sentir prazer consigo e também ao compartilhar momentos a dois.

Mas os resquícios desse período tão repressor quanto à vida sexual ainda perduram até hoje. E uma das facetas dessa história toda é a dificuldade que ainda temos de conversar franca e abertamente sobre sexo, como, por exemplo, fazemos por aqui nas nossas colunas.

Personare- Casal conversa em sala de estar
Casal conversando em sala de estar - Andrew Wise/Personare


O próximo passo (após compreender que ainda lidamos com o fato de sexo ter sido um assunto cheio de limitações e hoje ainda ter uma série de tabus) é tentar dar significados mais positivos às vivências amorosas e sexuais como um todo.

Isso quer dizer que, se você tem vontade de se masturbar, por exemplo, não precisa ficar achando que tem algo de errado nisso, e se enchendo de culpa. Vale o mesmo para as outras práticas sexuais.

A dica apenas é: faça as coisas no seu tempo, do seu jeito, respeitando seus limites e também os da pessoa que estiver com você. E utilizando métodos para evitar as IST (infecções sexualmente transmissíveis), como a camisinha. Além de usar também métodos para evitar a gravidez fora de hora (como a pílula anticoncepcional).

Assim o sexo fica inscrito no campo do saudável, responsável e prazeroso.

E quanto à conversa sobre sexo? Abra-se a ela! Afinal, sexo não precisa ser um tabu para todas as pessoas, nem para sempre, não é mesmo?

Até a próxima coluna!

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